As Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) são unidades de conservação de uso sustentável cujo objetivo é preservar a natureza e assegurar as condições para a reprodução e a melhoria dos modos de vida das populações tradicionais, inclusive na exploração de recursos naturais. Além disso, esta categoria de UC visa valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente desenvolvidas por estas populações.
São áreas de domínio público, mas abrigam populações tradicionais que vivem há gerações da exploração sustentável dos recursos da área e que utilizam técnicas tradicionais de manejo compatíveis com a conservação e a manutenção da biodiversidade. Além da exploração sustentável dos recursos, a visitação e a pesquisa cientifica também são permitidas na área, desde que autorizadas pelo órgão gestor.
Assim como as Resex, as RDS também são geridas por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão governamental responsável (órgão estaduais, no caso das RDS criadas pelos estados, e o ICMBio, na RDS federal) e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área.
Vale ressaltar que as Reservas de Desenvolvimento Sustentável são preferencialmente estaduais e, diferente das Reservas Extrativistas, as populações da UC não precisam ser extrativistas, mas devem residir na área. A iniciativa da criação da RDS não precisa partir necessariamente da população local e esta tem menor poder sobre a gestão e os territórios que as populações das Resex.
Outro ponto importante sobre as RDS é que elas devem ser áreas grandes e com significativa biodiversidade, e ainda, precisam ter uma parte delimitada para proteção integral.
Existem 27 Reservas de Desenvolvimento Sustentável no Brasil, todas estaduais, com exceção da RDS Itatupã-Baquiá, no Pará, que é federal. Esta RDS foi criada em 2005 no município de Gurupá e engloba sete comunidades onde vivem aproximadamente 850 pessoas. As atividades econômicas da população são a extração de madeira, de frutas oleaginosas como a andiroba, do açaí, a pesca, a caça de subsistência e a agricultura familiar. Uma grande biodiversidade também é característica da área. São encontradas espécies vegetais como açaizeiro, andiroba e macacaúba, e da fauna, como pacas, veados, tatus e diversas espécies de primatas.
Já um exemplo de importante Reserva de Desenvolvimento Sustentável estadual é a RDS do Rio Iratapuru, no Amapá. Criada em 1997 com aproximados 806 mil hectares, a UC interliga o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e a Reserva Extrativista do Rio Cajari, e por isso é uma área de grande importância no Corredor da Biodiversidade do Amapá, que engloba 12 UCS e mais de 10 milhões de hectares.
Expedições à região registraram a ocorrência de vários animais raros para a ciência ou ameaçados de extinção, tais como um sapo venenoso (Atelopus spumarius) somente encontrado na região, tamanduás-bandeira, ariranhas e onças-pintadas.
Os moradores da RDS exploram principalmente a castanha-do-Brasil, mas também outras espécies como a andiroba, a copaíba e o camu-camu, e a pesca.
Fonte: WWF Brasil.com
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