Conflito no Oriente Médio traz grande redução de poluição.

O nível de poluentes encontrados no ar em países como Síria e Iraque, que enfrentam caos político e conflitos armados, caiu drasticamente, apontou um estudo. A quantidade de óxido de nitrogênio no ar sobre a capital síria, Damasco, caiu até 50% desde o início da guerra civil, em 2011. O nível do poluente também despencou na cidade de Aleppo.

Mas no vizinho Líbano, houve um aumento “drástico” de até 30% do mesmo poluente, graças ao fluxo de refugiados. Cientistas dizem que esse resultado é incomum, já que o crescimento econômico do país diminuiu significativamente neste período. “É bastante notável”, disse à BBC Jos Lelieveld, do Instituto para a Química Max Planck, e principal autor do estudo.

“Você consegue ver para onde o povo da Síria está indo; você consegue identificar os campos no norte da Jordânia mas eles também estão se movendo para cidades como Trípoli e Beirute. O consumo de energia tem aumentado; o tráfego, mais carros, constituem uma grande proporção do aumento.”

Desde 2004, cientistas têm monitorado poluentes atmosféricos com altos níveis de precisão graças à implantação do Instrumento de Monitoramento de Ozônio no satélite Aura da Nasa.

Este novo estudo utilizou dados da sonda para ver como atividades econômica, política e militar têm influenciado níveis de poluentes em torno do Oriente Médio nos últimos 10 anos.

Ao analisar os níveis de óxido de nitrogênio que são gerados na queima de combustíveis fósseis, especialmente no setor de transportes, a equipe encontrou um quadro complexo e imprevisível.

Em países como a Grécia, a recessão global e novas leis ambientais tiveram um papel importante. Da mesma forma na Arábia Saudita e Israel. Já no Iraque, a ascensão do grupo autodenominado “Estado Islâmico” pode ser visto nos dados de qualidade do ar. “Em Karbala, ao sul de Bagdá, área de maioria xiita, o aumento na concentração de poluentes continua,” disse Lelieveld.

“Mas se você olhar para a área a noroeste de Bagdá, onde o Estado Islâmico está no comando, você vê que as coisas estão indo em outra direção – há histórias muito específicas em cada país.”

Pesquisadores dizem que os diferentes impactos sobre poluentes atmosféricos vistos no Oriente Médio oferecem lições para projeções globais de emissões.

Eles apontam para um cenário de mudanças climáticas que inclui aumentos de óxido de nitrogênio na região a cada ano entre 2005 e 2030 que, segundo eles, “saem da realidade”.

“Para muitos países sobre os quais temos poucas informações, os cenários de emissões levam a suposições muito simplistas – elas definitivamente não funcionam no Oriente Médio já que vão em todas as direções”, disse Lelieveld.

“Por exemplo, no Irã, o consumo de energia e CO2 têm continuado a crescer, mas os níveis de óxido de nitrogênio e dióxido de enxofre caíram. Não há uma regra geral que você pode aplicar em cenários de emissões.”

Inteligência espacial – Os pesquisadores disseram ser difícil usar a tecnologia para obter uma imagem definitiva. Pode haver menos óxido de nitrogênio no ar, mas as pessoas podem ter recorrido a combustíveis mais poluentes e mais baratos para o aquecimento.

Outros cientistas elogiaram o estudo, dizendo que ele deu continuidade à pesquisas realizadas durante a guerra do Iraque. Segundo eles, a pesquisa destaca o papel importante de informações levantadas por satélite e destaca a escala de destruição por todo o Oriente Médio e o enorme impacto sobre as pessoas.

“É muito triste que temos este enorme conflito na fronteira da Europa”, disse o professor John Burrows, da Universidade de Bremen, na Alemanha.

“Mas informação científica como essa ajuda na nossa compreensão (do mundo). Ela é proporcional a (o movimento de) pessoas, portanto se emissões caíram 50% na Síria, eu imagino que seja por que 50% das pessoas foram deslocadas – como de fato foram”.

A pesquisa foi divulgada na publicação científica.

 

Fonte: Terra

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