A presidente Dilma Rousseff adiantará neste domingo na ONU parte da “ambiciosa” agenda que espera levar em dezembro para a Conferência do Clima de Paris (COP21) – informou na quarta-feira (22) o Itamaraty.
“Posso antecipar que o documento que o Brasil apresentará é um documento ambicioso”, disse em entrevista coletiva o subsecretário de política do ministério das Relações Exteriores Fernando Simas Magalhães, sem dar mais detalhes.
Dilma apresentará aspectos gerais desta agenda durante o discurso que fará no plenário da cúpula sobre o desenvolvimento da ONU em Nova York.
Na COP-21, a cúpula do clima, que reunirá em Paris 195 países de 30 de novembro a 11 de dezembro, espera-se chegar a um acordo para frear o aquecimento global e a mudança climática.
Cada país foi convidado a publicar sua intenção de contribuição para frear o aumento das emissões de gases do efeito estufa antes da conferência.
O Brasil já havia divulgado seu compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de parques e eliminar o desmate ilegal na Amazônia até 2030.
O país reduziu as emissões de dióxido de carbono e manteve-se relativamente estável nos últimos anos, principalmente e razão do combate ao desmatamento na Amazônia, maior fonte de CO2 do país. É provável que o país que alcance a meta estabelecida para 2020 para ficar abaixo dos 2 bilhões de toneladas, segundo estudos recentes.
Estudiosos do clima tem reservado o adjetivo “ambicioso” para descrever cortes de emissão que estejam em compasso com ameta de evitar um acréscimo de temperatura inferior a 2°C no clima global. Uma agenda ambiciosa do Brasil na Conferência de Paris poderia impulsionar outras economias latino-americanas a se comprometerem com a redução dos gases de efeito estufa.
Em Nova York, Dilma deve encontrar-se com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Peru, Ollanta Humala, e com o francês François Hollande, para debater o avanço das negociações.
A ONU alertou que as promessas de redução de gases de efeito estufa anunciados até agora por 60 países, responsáveis por quase 70% das emissões, ainda não estão em compasso com um aquecimento inferior a 2°C.
Fonte: G1