Dois terços dos brasileiros não sabem onde fica o Pantanal, diz pesquisa

Nova pesquisa do Ibope feita com a organização WWF divulgada nesta quinta-feira (24) mostra que a percepção do brasileiro em relação ao que é o Pantanal ainda é baixa. Grande parte da população já ouviu falar do bioma (93%), mas muitas dessas pessoas não conhecem suas características naturais ou funcionamento.

Duas a cada três pessoas (66%) não sabem indicar em qual região do país fica a planície alagada. De acordo com a publicação, metade da população está familiarizada com o tipo de paisagem natural encontrada no ecossistema. Quase 40% dos entrevistados não sabem que o Pantanal é uma área em risco de degradação, concluiu a pesquisa.

A grande maioria da população brasileira nunca visitou a área pantaneira, situada entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Ao todo, 2.002 entrevistas com pessoas maiores de 16 anos foram conduzidas pelo Ibope em 26 estados do país em junho. Outras 504 entrevistas fora feitas com moradores de 25 municípios da região do Alto Paraguai, em Mato Grosso, que estão na área de influência pantaneira.

“Há um desconhecimento sobre o bioma. As pessoas não conhecem e não sabem da realidade do local. Esta é uma situação preocupante, em um grau máximo, porque o desconhecimento enfraquece a preservação”, alertou Glauco Kimura de Freitas, coordenador do Programa Água para a Vida, do WWF-Brasil, na apresentação da pesquisa em Cuiabá.

O conhecimento dos entrevistados sobre os rios da região também mostrou-se difuso. Apenas 18% dos participantes do país disseram que os rios que cortam o Pantanal nascem na região do Cerrado.

“Entender a percepção vai nos ajudar a subsidiar as ações de campanhas de preservação. Primeiro é necessário saber o que a população entende sobre o Pantanal”, considerou ainda Kimura, do WWF-Brasil.

O levantamento mostrou que, para a população brasileira, a pesca, criação de gado e o turismo são as atividades econômicas mais desenvolvidas no Pantanal.

Ameaça – Neste quesito, tanto entrevistados dos demais estados do país, quanto os de Mato Grosso, consideraram ser o desmatamento a maior ameaça ao bioma. Mas a interpretação caminhou em direção oposta quando os pesquisadores questionaram qual seria a segunda maior ameaça: na percepção nacional é a poluição das águas por meio do lançamento de esgoto (32%), enquanto para o mato-grossense, é o assoreamento das águas.

Preservação – Quase que a totalidade dos entrevistados brasileiros (80%) sabe, por outro lado, que preservar as nascentes dos rios que formam o Pantanal é a principal ação a ser feita nas cidades para preservar. Da mesma forma, outros 46% consideram ser importante criar uma política pública de proteção do Pantanal, como uma lei específica.

Ainda segundo os pesquisadores, a população também concorda que a melhor forma de proteger o bioma é unindo esforços, mas para a maioria, ainda há questões mais importantes no Brasil.

“Quando a população concorda que há outras questões ambientais mais importantes no Brasil, como a Amazônia, por exemplo, elas expressam a familiaridade delas com as causas e indicam que o Pantanal está aquém de outras questões ambientais no país no que se refere à informação e conscientização da população”, concluiu Kimura, durante apresentação dos dados na capital mato-grossense.

Sustentabilidade – Para os mato-grossenses que vivem na região pantaneira, 55% consideraram ter havido melhora na qualidade de vida, mas também acusaram piora na condição dos rios, nascentes e córregos, além da disponibilidade de peixes.

Projeto – O Pantanal é a única bacia brasileira inclusa no programa HSBC pela Água, com investimentos de US$ 100 milhões e executado em parceria com as ongs WWF, WaterAid e EarthwatchInstitute, atuando em três frentes: monitoramento e combate à degradação da água nas cidades, abastecimento de água potável, além da preservação de cinco bacias hidrográficas do mundo.

As ações devem ser desenvolvidas até 2016, segundo o diretor-executivo do Banco no Brasil, Paulo Renato Steiner.

 

(Fonte: G1)

 

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