Retenção de rejeitos em Fundão é insuficiente para conter degradação ambiental, diz Ibama

A barreira de Nova Santarém e o dique S4, estruturas construídas para impedir o vazamento de rejeitos de dentro da área onde houve o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, em 2015, foram concluídas, segundo a Mineradora Samarco. Mas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alerta que estas medidas não são suficientes para conter a degradação da região.

“O controle efetivo do evento do rompimento se dá em dois pontos. Um deles é dentro da área da Samarco que foi feito a contento mesmo com os constantes atrasos nas obras. Já os esforços feitos fora da área não foram suficientes para controlar a contínua remobilização do rejeito depositado na região e suas consequentes degradação e poluição”, disse o superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belizário.

Dos 43,8 milhões de m³ de rejeito liberados pelo rompimento, 25,7 milhões de m³ foram depositados entre Bento Rodrigues e a Usina de Candonga, uma distância de mais de 100 quilômetros, de acordo com a Samarco.

“A situação é preocupante por causa das chuvas deste período do ano. De acordo com monitoramento feito na região, os rejeitos continuam se movimentando. A situação ainda é de controle do evento do rompimento. Esta etapa precisa ser concluída para que o processo de recuperação da área comece”, disse Belizário.

Para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a remoção do rejeito é urgente para evitar novas tragédias e para o início efetivo da recuperação ambiental.

De acordo com a Fundação Renova, entidade criada depois do acordo firmado entre a Samarco e os governos federal, mineiro e capixaba, cerca de 630 mil m³ de rejeitos já foram retirados da área represada pela Usina de Candonga. A expectativa é que a dragagem atinja 1,3 milhão de m³ até julho de 2017.

Sobre o destino dos mais de 20 milhões de m³ que ainda estão no trecho entre Bento Rodrigues e a Usina de Candonga, a Fundação Renova informou em nota que propõe, a princípio, a retirada de 11 milhões de m³ de rejeitos. Eles estariam distribuídos da seguinte forma: 10 milhões de m³ na área da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, 900 mil m³ na comunidade de Bento Rodrigues e 170 mil m³ já retirados de Barra Longa.

Ainda segundo a nota, “o volume restante, de aproximadamente 9 milhões de m³, referentes à região localizada entre a barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, somados ao volume de todas as outras áreas afetadas nos 650 quilômetros ao longo da bacia do rio Doce, serão incorporados neste plano de manejo. O plano seguirá em elaboração pelos especialistas e órgãos ambientais durante os próximos 40 dias. Os locais de recebimento do material que porventura venha a ser retirado serão alvo de análise e definição juntamente com os órgãos ambientais”.

Redução da turbidez – Segundo o Ibama, a construção de várias estruturas dentro do Complexo de Germano, onde ficava Fundão, diminuiu sensivelmente o nível de turbidez dos rios da região, constatando que o vazamento de rejeitos no local está sob controle.

Quatro barreiras internas foram concluídas no fim do ano passado. Nova Santarém, entregue em dezembro e já em operação, tem capacidade de contenção superior a 5 milhões de m³. Ela foi construída pouco acima do dique S3, cuja capacidade foi ampliada. O dique S4 ficou pronto em janeiro deste ano.

(Fonte: G1)

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