A vacina denominado HIVBr18, foi desenvolvida e patenteada por pesquisadores brasileiros, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ( FMUSP), e segundo a Agência Fapesp ( 05/08) será testada ainda em 2013 em macacos rhesus, devido à similaridade de seu sistema imunitário em comparação com o dos seres humanos.
HIV sob controle
O presente estudo foi iniciado no ano de 2001, e foi observado o sistema imunológico de pessoas com HIV que apresentavam o vírus controlado, e demoravam para adoecer. No sangue destas pessoas, a quantidade de células CD4, permanecia mais elevado do que o normal esperado.Os pesquisadores, então isolaram pequenos pedaços de proteínas das áreas mais preservadas do vírus, e com um auxílio, de um software de computador, selecionaram aqueles que tinham mais chances de serem reconhecidos pelos linfócitos TCD4 da maioria dos pacientes.
Experiências em camundongos
Em outro experimento, foi utilizado os mesmo fragmentos destas proteínas, em camundongos geneticamente modificados, que foram infectados com o vírus. Estes camundongos, simularam moléculas do sistema imunológico dos humanos, e ficou comprovado no estudo, que o HIVBr18 conseguiu reduzir significativamente o vírus do organismo destes animais. A partir daí, os pesquisadores começaram a elaborar esta versão da vacina, que tem a finalidade inicial de retardar o aparecimento do vírus, e um alto potencial de redução de sua capacidade propagação pelo organismo.
O cientista Edecio Cunha Neto, líder do grupo de pesquisa espera que os resultados dos testes feitos em macacos, expressem uma resposta eficaz, para poder atrair investimento financeiro, principalmente do setor privado, pois os custos para ensaios clínicos em humanos, está estimando em R$ 250 milhões de reais.
Os pesquisadores envolvidos acreditam que ainda existe um logo caminho a ser percorrido para a erradicação da Aids, mas consideram que o sucesso deste imunizante, é um grande avanço científico para a cura da Aids, e que este medicamento pode ser no futuro utilizado com outros fármacos enquanto não existir ainda a cura.
Fonte: ciências e tecnologias