Conselho mundial debate no Paraná conservação dos recursos hídricos

O Paraná é um dos estados do Brasil que apresenta maior evolução na sua política de conservação dos recursos hídricos, nos últimos anos. A afirmação foi dita, nesta quarta-feira (04), durante a 12a reunião da Seção Brasil dos Membros do Conselho Mundial da Água, pelo diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), Lupércio Antônio Ziroldo - eleito um dos governadores do "Conselho Mundial da Água", representando o segmento das Organizações Civis.
"Os programas paranaenses estão sendo bem implementados e reconhecidos internacionalmente. É um dos estados que apresenta maior avanço no país na gestão das suas águas", reforçou Lupércio, que é considerado uma das maiores autoridades na área de recursos hídricos. Lupércio é presidente da Rede Brasil de Organismos de Bacias (Rebob), é secretário técnico permanente da Rede Latino Americana de Organismos de Bacias (Relob) e presidente da Rede Internacional de Organismos de Bacias, que tem sede, em Marselha, na França. 

INICIATIVAS - Entre as iniciativas do Paraná elogiadas estão o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) - compensação financeira aos produtores que mantém conservadas nascentes e mananciais de abastecimento público-, e a cobrança pelo uso da água, iniciada no mês de setembro, na bacia do Alto Iguaçu e Afluentes do Rio Ribeira.

"O PSA é uma das grandes armas que temos hoje para compensar os agricultores e proprietários rurais pelo cuidado com a água e que cresce mundialmente. Uma solução de baixo custo, se comparado aos benefícios que estes proprietários estão trazendo para toda sociedade ", defendeu Lupércio. "Já a cobrança pelo uso da água tem efeito educativo. Isso porque a partir do momento que começam a pagar, as indústrias passam a tratar mais seus efluentes e a reutilizar a água. A cobrança está educando as empresas", destaca Lupércio.

O CONSELHO - O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, fez a abertura da reunião do Conselho Mundial da Água - realizado pela primeira vez no estado - e que contou com a presença de representantes de empresas e entidades brasileiras que integram o Conselho. 

"O Governo do Paraná está muito feliz em fazer parte do Conselho e por sediar a reunião da Seção Brasil. O governador, Beto Richa, tem dado destaque a agenda da água em nosso estado. Estamos agindo localmente para contribuirmos globalmente ", declarou Flávio Arns. Ele ressaltou, que o tema água está presente em 1.600 escolas da rede estadual de ensino do Paraná, educando mais de 2,6 milhões de alunos sobre a importância dos recursos hídricos. 

O Paraná, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, tornou-se o mais recente membro do Conselho Mundial da Água, no dia 7 de outubro de 2013, em Budapeste, Hungria.

O presidente da Sessão Brasil do Conselho Mundial da Água, Ricardo Medeiros, lembrou que a indicação do Paraná como integrante da entidade internacional é uma oportunidade para que iniciativas locais sejam levadas para os demais países do mundo.

"O Brasil é o terceiro país em número de membros e instituições diferentes envolvidas no tema da água. É com alegria que o Brasil indicou a Secretaria do Meio Ambiente como membro do Conselho Mundial, pois as experiências exitosas realizadas pelo Paraná poderão ser levadas à outros países do mundo", mencionou Ricardo.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, apresentou ao Conselho a agenda para a gestão de recursos hídricos do Estado do Paraná e fez uma avaliação das ações nas últimas quatro décadas. "Os paranaenses são pioneiros no manejo do solo com ênfase nas bacias hidrográficas, em ações de controle da erosão, recuperação de florestas nas margens dos rios, recolhimento de embalagens de agrotóxicos e do BHC. É muito gratificante fazer parte deste trabalho coletivo e de resultados", resumiu Cheida. "Como integrantes deste Conselho, estaremos ainda mais perto de encontrar soluções para outras ações que vamos desenvolver no futuro", disse Cheida.

CENÁRIO NACIONAL - O governador do Conselho Mundial da Água, Lupércio Antônio Ziroldo, disse que o maior desafio do Brasil na atualidade é fazer a integração dos 27 estados brasileiros nas discussão sobre a água.

"O Brasil precisa efetivamente colocar os recursos hídricos na sua agenda política. A água não pode ser tratada de forma periférica, como um insumo presente nas discussões de vários setores como a indústria, a agricultura, a saúde e o transporte. A água deve ser o tema norteador das discussões, já que estabelece a união entre a sociedade organizada, as indústrias e os governos", defendeu Lupércio.

Ele destaca o grande paradoxo existente no Brasil - país detentor de 12% da água do planeta e dos principais aquíferos do mundo. 

"Somos uma potência hídrica, e termos apenas 24% dos esgotos tratados no país. A universalização do saneamento e da água tratada para todos os brasileiros, assim como a proteção dos nossos rios e o fim da ocupação desordenada é o grande desafio do Brasil na gestão dos recursos hídricos", enfatizou Lupércio. 

O coordenador de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, Mauri Pereira, disse que sediar a reunião da Seção Brasil fortalece ainda mais a integração do Paraná com os temas nacionais.

"O Paraná passa a fazer parte desta pauta nacional e internacional, com a possibilidade de propor ações técnicas e políticas para enfrentar os desafios na gestão das águas", mencionou Mauri.

Durante a Reunião do Conselho foram discutidos temas como o Ciclo de Debates “Segurança Hídrica: Uma Visão Brasileira”; o processo de preparação da participação brasileira para o 7º Fórum Mundial da Água, a realizar-se na Coréia do Sul, em 2015; o processo de candidatura do Brasil e Brasília para sediar o 8º Fórum Mundial da Água, em 2018 e os eventos regionais preparatórios para o 7º Fórum Mundial da Água.

O Conselho Mundial da Água - entidade criada em 1996, pela ONU, em resposta à preocupação global sobre as questões relacionadas aos recursos hídricos - congrega governos, empresas públicas e privadas, universidades e organizações políticas e sociais do mundo todo. 



 

Fonte: Ceres BattistelliSEMA

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