É comum os vírus Influenza desenvolverem mutações genéticas para se tornarem menos suscetíveis à medicamentos anti-virais. No entanto essas mutações exigem um custo ao vírus, enfraquecendo sua capacidade de replicação e de propagação de um indivíduo a outro.
Essa pesquisa descobriu que a cepa H7N9 do vírus Influenza desenvolve de maneira rápida a resistência ao medicamento Tamiflu e ainda assim é capaz de causar estado de enfermidade grave. Esta nova cepa emergiu na China, na primavera, e infectou 135 pessoas, causando 44 mortes durante o surto. Ainda não há vacina disponível para H7N9 e o tratamento por antivirais ainda é a maneira de tratar os pacientes acometidos por esta gripe.
O pesquisadores observaram que o comportamento dessa nova cepa era diferente das outras, em muitos aspectos. O vírus, ao penetrar no indivíduo em tratamento com medicamentos para gripe, desenvolve rapidamente a resistência ao medicamento e persiste com alta carga viral. Eles também perceberam que o H7N9 reteve a habilidade de replicação e que, embora seja limitada sua capacidade de propagação, em cobaias o vírus manteve a transmissibilidade, comparada a vírus resistentes de drogas suscetíveis.
Os medicamentos antivirais comumente utilizados não são efetivos no tratameto da maioria das cepas virais que infectam os seres humanos. Embora os medicamentos inibidores como Tamiflu e Relenza sejam os mais eficientes, ainda assim os vírus desenvolvem resistência. O estudo mostra a necessidade de desenvolver um grande “arsenal” de antivírus e vacinas que nos permitam ser mais espertos que os vírus, diz o pesquisador doutor Bouvier.
Fonte: misteriosdomundo.com