O Elephant Park Knysna, um parque de elefantes situado na África do Sul, é alvo de investigação judicial, após acusações de prática de crueldade “horrenda” contra os animais em idade juvenil. A denúncia foi feita pela ONG de proteção aos animais NSPCAs, sigla em inglês de Conselho Nacional da Sociedade para Prevenção à Crueldade Animal.
Imagens feitas pelo grupo revelam métodos de treinamento abusivos utilizados para controlar bebês e elefantes jovens para a vida em cativeiro, que alimenta a indústria turística local.
Segundo a entidade, filhotes de elefante são acorrentados e esticados por cordas, recebem choques e apanham com vergalhões. Os métodos seriam utilizados para forçar esses gigantes gentis a se submeterem à vontade de seus treinadores.
Nas fotos enviadas à reportagem, os elefantes mostram sinais de ferimentos incapacitantes, com as pernas e os pés severamente inchados, e feridas resultantes do uso abusivo de cordas, correntes e ganchos.
“Quebrar o espírito do elefante” – Em texto divulgado à imprensa, a ONG explica que devido ao tamanho, inteligência e natureza dos elefantes, a formação na maioria das vezes ocorre por meio da dominação, um processo chamado de “quebra do espírito do elefante”.
“A fim de dominar ou forçar sua vontade sobre um animal tal qual o elefante, a força deve ser aplicada e, portanto, é uma receita para o abuso”, diz um trecho.
É um método que não ameaça apenas os animais.
Um número crescente de pessoas na África do Sul sofrem graves ferimentos em resultado da rebelião de elefantes treinados mantidos em cativeiro.
Os funcionários do Parque investigado não são exceção: dois “treinadores” de elefantes já foram mortos e outros ficaram gravemente feridos na história do lugar. O caso mais recente ocorreu em 2011, segundo a ONG.
O texto destaca ainda que não existem leis na África do Sul para governar métodos utilizados no tratamento ou treinamento de elefantes para interação no turismo e tampouco é exigido formação dos “treinadores” de elefantes.
Fonte: Exame.com