A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou nesta quinta-feira (14), em Genebra, que a amplitude da atualepidemia de ebola no oeste da África foi "subestimada". Segundo a organização, os números reais do surto podem ser maiores do que os casos registrados até agora.
"As equipes presentes nas zonas de contaminação viram evidências de que os números de casos e de mortes foram amplamente subestimados", destacou a OMS em comunicado, sem apresentar uma estimativa dos casos não contabilizados. Oficialmente, o atual surto de ebola contaminou 1.975 pessoas, matando 1.069 delas.
Diante da crise, a OMS declarou que coordena uma "ampliação massiva da resposta internacional, por meio da ajuda de diversos países, das agências de controle de doenças e de órgãos das Nações Unidas". "Antecipando que a epidemia vai continuar por algum tempo, o plano operacional de resposta da OMS se estenderá pelos próximos meses", assinala o comunicado.
DROGA EXPERIMENTAL
A atual epidemia de ebola, a mais grave desde o surgimento da febre hemorrágica em 1976, matou 377 pessoas na Guiné, 355 na Libéria, 334 em Serra Leoa e três na Nigéria. Os quatro países se encontram em estado de emergência sanitária para tentar frear a propagação do vírus.
Diante do avanço da febre hemorrágica, a Libéria começou as obras para ampliar o único centro de tratamento da capital. O país recebeu recentemente doses do soro experimental americano ZMapp. O medicamento teve resultados positivos em dois americanos contaminados pelo ebola na Libéria, mas que não conseguiu salvar um padre espanhol morto na terça-feira (12) após ser repatriado para Madri. A princípio, o soro será administrado apenas em dois médicos liberianos.
Fonte: Planeta Sustentável