O tufão Man-yi atingiu o Japão nesta segunda-feira (16) e provocou a morte de duas pessoas, o que levou a operadora da central nuclear de Fukushima a verter no mar água de chuva com índices de radioatividade considerados baixos.
Quase 340 mil famílias receberam a ordem de abandonar suas casas do município de Kyoto e de municípios vizinhos em consequência dos riscos de inundações e avalanches com a chegada do tufão, que atravessou o centro do país e provocou chuvas intensas em várias regiões, que foram colocadas em 'alerta especial'.
O tufão, o 18º da temporada na Ásia, atingiu nesta segunda-feira a ilha principal de Honshu, no município de Aichi (centro-sul), às 7h40 locais, antes de cruzar a região de Tóquio e seguir para o Oceano Pacífico, ao leste, pela província de Fukushima, conforme anunciou a Agência Meteorológica.
Além das chuvas, o Man-yi provocou ventos de até 160 quilômetros por hora.
Foram registradas duas mortes, quatro desaparecidos, 128 feridos, mais de 4.000 casas inundadas e 270 danificadas por fortes ventos ou deslizamentos de terra, de acordo com o canal NHK.
No domingo (15), o tufão atingiu o sul e leste do país, mas sem provocar tanta destruição. A capital, Tóquio, foi afetada durante a madrugada desta segunda-feira por fortes ventos.
Os serviços de transporte aéreo e ferroviário anunciaram uma redução da atividade.
Pelo menos 600 voos foram cancelados nesta segunda-feira, especialmente em Tóquio, e o tráfego ferroviário estava suspenso em várias linhas.
Fukushima
As chuvas devem afetar a região de Fukushima, o que aumenta os temores a respeito da acidentada central nuclear devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011.
A empresa Tokyo Electric Power (Tepco) anunciou que reforçou a vigilância dos equipamentos críticos, como tubos de água de refrigeração dos reatores ou bombas.
Nesta segunda-feira, a empresa bombeava água de partes da central próximas aos tanques que armazenam água radioativa. A empresa suspeita que os tanques tenham vazamentos e que água radioativa chegue ao lençol freático.
"Optamos por verter a água no mar, já que, depois de medir os níveis de radiação, chegamos à conclusão de que poderia ser considerada água de chuva", disse o porta-voz da Tepco, Yo Koshimizu.
Um litro desta água contém até 24 becquerels de estrôncio e outras matérias radioativas. As autoridades japonesas autorizam que a água seja lançada ao mar, desde que o líquido contenha no máximo 30 becquerels por litro.
(Fonte: G1.globo.com)
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