Setenta e três países e 1.000 empresas apoiam a criação de um imposto sobre as emissões de carbono, concebido de forma a reduzir a emissão deste gás do efeito estufa, informou nesta segunda-feira (22) o Banco Mundial (BM).
“Vemos um aumento real”, disse o presidente do Banco Mundial Jim Yong Kim, na véspera de uma cimeira sobre o clima a ser realizada na sede da ONU em Nova York.
“Os governos que representam metade da população mundial e 52% do Produto Interno Bruto mundial expressaram o seu apoio a um preço para o dióxido de carbono como uma necessária, mas não suficiente, solução para a mudança climática e um passo no caminho para reduzir o aumento de dióxido de carbono”, explica um comunicado da organização.
Além disso, mais de 1.000 empresas em todo o mundo, incluindo a BP, Pfizer e ArcelorMittal, aderiram à iniciativa.
“Este apoio mostra grande empenho e vontade de governos e empresas para tomar medidas para combater o aquecimento global”, disse.
A lista de países inclui economias poderosas como a China, França, Alemanha, Indonésia e Rússia, mas não conta com o apoio da maior potência econômica e fundador do BM, os Estados Unidos.
Kim não explicou por que Washington não se comprometeu com esta iniciativa, mas observou que vários estados e cidades estavam na lista e que o presidente Barack Obama era a favor.
A iniciativa também envolveu grandes empresas petrolíferas americanas como ExxonMobil, Chevron e ConocoPhillips.
As empresas querem ter certeza de que qualquer taxa seja justa e igualitária em todos os países e jurisdições, ressaltou Kim.
O comunicado não diz qual sistema será usado para definir preço para a poluição por dióxido de carbono. Sugestões mais precisas deverão surgir após a reunião em Nova York e antes da próxima cúpula sobre o aquecimento global em 2015 em Paris.
Fonte: G1