Em pleno Dia Mundial sem Carro, lembrado nesta segunda-feira, 22 de setembro, o motorista enfrentava trânsito acima da média em São Paulo às 7h. O índice era de 68 km de ruas e vias congestionadas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para o horário, o esperado fica entre 31 e 65 km de lentidão.
O maior trecho de lentidão estava na Avenida dos Bandeirantes, no sentido Marginal Pinheiros. O trânsito estava lento por 5,1, do Viaduto Aliomar Baleeiro até o Viaduto Santo Amaro. O motorista também tinha que diminuir a velocidade no sentido Rodovia Castello Branco da Marginal Tietê. As filas eram de 4,9 km e iam da Ponte Imigrante Nordestino até a Ponte do Tatuapé.
Na Ponte Estaiada, ativistas estenderam uma faixa que pedia que as pontes também sejam pensadas para pedestres e ciclistas, já que muitas pontes são só para veículos.
No Rio de Janeiro, cerca de 25 mil ciclistas do Rio percorreram 12 quilômetros ao longo da Baía de Guanabara neste domingo (21), em um passeio ciclístico às vésperas do Dia Mundial Sem Carro.
“O clima vai mudar radicalmente daqui a 20 anos e estamos muito preocupados com isso – 70% do monóxido de carbono são provenientes dos gases despejados por veículos motorizados. Conseguimos provar que é possível se locomover sem carro. Nossa bandeira é ter um planeta mais saudável e melhor qualidade de vida”, comentou Cláudio Santos, presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecierj) e um dos idealizadores do evento.
Aumento do uso
Carlos comemorou que passados 27 anos desde a primeira edição do passeio ciclístico, o aumento da utilização da bicicleta tornou-se significativo no Rio. “Conseguimos trazer novos adeptos, aumentou o número de ciclovias e bicicletários públicos e em estabelecimentos como shoppings. Nosso trabalho é estimular esse transporte”, lembrou o organizador do evento.
Claudio lamentou, entretanto, que o transporte público de massa no país seja pouco eficiente. “O uso da bicicleta geralmente é feito até oito quilômetros e por isso a integração com o transporte publico de massa é fundamental. Em alguns países da Europa, essa integração é prioridade, os pedágios são altíssimos para carros, a prefeitura empresta bicicletas para os cidadãos, há ciclovias por toda a parte”, disse.
Dia Mundial sem Carro
A comemoração surgiu na França, no final da década de 90, quando cidadãos de 35 cidades francesas decidiram deixar o carro em casa em busca de formas alternativas de se locomover. A ideia chegou ao Brasil em 2001 e o movimento não parou mais de crescer. A cada ano mais cidades brasileiras aderem com parcerias das prefeituras que fecham ruas e fazem ações de passeios de bicicleta ou caminhadas como ações de conscientização para o uso racional dos automóveis e de estímulo a formas mais sustentáveis de mobilidade.
O principal motivo da celebração é diminuir a quantidade de carros individuais nas cidades. Os problemas são os que já conhecemos: grandes congestionamentos, poluição do ar e sonora, isolamento urbano, acidentes fatais, problemas de saúde, alto consumo de combustíveis fósseis, gastos aos cofres públicos, queda de produtividade e redução da qualidade de vida.
Fonte: EcoD