Brasil dará até RS 2 mi a empresa que reunir pesquisadores de tecnologia

A exemplo dos cursos de verão que levam alunos das universidade norte-americanas às grandes empresas de tecnologia, o Brasil dará até RS 2 milhões às empresas que reunirem pesquisadores para criar tecnologia que possa ser transformada em novos produtos.

Nesta quinta-feira (19), o ministério da ciência, tecnologia e inovação (MCTI) lançou um edital em São Paulo para oferecer RS 14 milhões a empresas que criem projetos de softwares e novos produtos de tecnologia da informação, que atraiam pesquisadores brasileiros e estrangeiros. O intuito é estabelecer uma conexão maior entre universidades e empresas.

“Nos EUA, existem os ‘Summer Internship’, cursos de verão em que os alunos das universidades fazem nas grandes empresas”, explica Virgílio de Almeida, secretário de Política de Informática do MCTI. “Queremos reproduzir isso aqui.” Ele cita como exemplos de universidades que fazem isso as de Stanford e Berkeley. Algumas das companhias que possuem essa modalidade de imersão empresarial são Google e Microsoft. “Os alunos saem das universidades no verão e vão para as empresas ou podem sair do doutorado e passar um tempo nas companhias”, explica.

Os recursos serão concedidos sob a modalidade de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dentro dos próximos 45 dias, as empresas interessadas poderão inscrever projetos. Para participar, as empresas deverão possuir centros de pesquisa e desenvolvimento. Como contrapartida, as companhias terão que investir a mesma quantia pleiteada junto ao governo.

Os pesquisadores recrutados pelas companhias deverão ter, pelo menos, título de mestrado e poderão participar do projeto por, no máximo, 36 meses.

A oferta de bolsas a pesquisadores faz parte do plano do governo chamado TI Maior, voltado ao desenvolvimento de tecnologia no país.

Centro de desenvolvimento – O MCTI aproveitou o evento para anunciar o quarto centro global de pesquisa e desenvolvimento. As empresas Microsoft e EMC foram as primeiras a anunciar seus centros, todos no Rio de Janeiro. A Intel também assinou acordo para financiar desenvolvimento de tecnologia no Brasil. Somados, os investimentos consumirão R$ 650 milhões.

O quarto centro será o da SAP, que já possui uma instalação voltada para a pesquisa em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Para isso, a companhia alemã irá investir R$ 60 milhões na ampliação da planta, que dobrará o número de pesquisadores para mil em 2014. As obras serão concluídas em dezembro de 2013.

O ministro Marco Antonio Raupp afirmou ainda que espera para 2014 mais um centro de pesquisa em desenvolvimento. Esse será em parceria com o grupo francês Bull, que constrói supercomputadores. A estimativa do MCTI é que equipamentos como este consumam 30 milhões de euros.

Supercomputador – O intuito é implantar na Bahia um dos 20 mais potentes computadores de alto desempenho do mundo, que poderá ser utilizado por empresas e universidades. Para acompanha-lo, será implantado um centro de pesquisa para desenvolver aplicações voltadas para petróleo, energia e em criptografia que utilizem a potência do supercomputador e uma fábrica da Bull.

 

(Fonte: G1)

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