Primeiro sítio do Patrimônio Natural da Humanidade no Brasil, reconhecido pela Unesco desde 1986, e abrigo de uma das Novas Maravilhas Mundiais da Natureza, as Cataratas do Iguaçu, o Parque Nacional do Iguaçu (PR) está ameaçado por uma nova tentativa de abertura da chamada Estrada do Colono. Com quase 18 quilômetros, a estrada ilegal cortava ao meio o parque e foi fechada em 2001 por ordem da Justiça Federal, pois ameaçava a integridade do local e a segurança nacional pela proximidade da tríplice fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai.
O Projeto de Lei 7.123 / 2010 foi aprovado em comissões da Câmara dos Deputados e agora está no Senado, ainda sem o devido debate com a sociedade brasileira. Abrir a estrada levaria ao desmatamento de 17 mil metros quadrados de Mata Atlântica, afetaria uma fonte regional de trabalho e renda e um atrativo turístico internacional.
Por meio do ICMS Ecológico, o Parque Nacional do Iguaçu repassa todo ano cerca de R$ 9 milhões a municípios no seu entorno, e arrecada R$ 17 milhões anuais com ingressos pagos pelos mais de 1,5 milhão de visitantes.
Para proteger um dos últimos grandes remanescentes de Mata Atlântica do continente, quase mil organizações não governamentais brasileiras elaboraram os “10 fatos sobre a Estrada do Colono e o Parque Nacional do Iguaçu”.
O documento detalha os principais pontos a serem considerados para impedir a reabertura da estrada. Assim, sociedade, parlamentares, governo, setor privado têm uma ferramenta de trabalho que mostra de forma clara que o melhor para o Parque Nacional do Iguaçu e para a Mata Atlântica é manter a Estrada do Colono devidamente fechada.
Conheça abaixo os 10 pontos:
1. O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 1939. A chamada Estrada do Colono foi aberta em 1954, como uma picada no meio da mata, mas já de forma ilegal.
2. A estrada foi fechada definitivamente em 2001 sob ordem da Justiça Federal, quando a via já era reconhecida como a maior ameaça à integridade daquele sítio do Patrimônio Mundial Natural. Na época, o Governo Federal se comprometeu junto às Nações Unidas a não permitir sua reabertura e a promover o desenvolvimento sustentável nos municípios no entorno do Parque Nacional do Iguaçu.
3. A lei que regula o Sistema Nacional de Unidades de Conservação foi debatida por 20 anos no Congresso Nacional, foi lançada em 2000 e não reconhece “estradas parque”. Essa figura não carrega nenhum significado ambiental.
4. Os 18 quilômetros da antiga estrada desapareceram com a recuperação da vegetação nativa. Abri-los levaria ao desmatamento de 17 mil metros quadrados de Mata Atlântica, cortando ao meio um dos últimos grandes remanescentes íntegros do bioma no continente.
5. A Estrada do Colono não promoverá conservação e nem incentivará o turismo regional, pois não liga atrativos significativos ao principal fluxo turístico rumo ao Parque Nacional do Iguaçu.
6. Historicamente, a Estrada do Colono sempre levou crimes ambientais ao interior do Parque Nacional do Iguaçu, como caça, pesca, queimadas, desmatamento e atropelamento de animais.
7. A Polícia Federal não recomenda a abertura da Estrada do Colono, pois reconhece o risco que ela oferece à segurança transfronteiriça entre Brasil, Argentina e Paraguai.
8. O Parque Nacional do Iguaçu foi listado pelas Nações Unidas como sítio ameaçado do Patrimônio Mundial Natural entre 1999 e 2001, justamente pela tentativa de abertura da Estrada do Colono. Outra ameaça ao título internacional se dá agora com o licenciamento da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu.
9. Por meio do ICMS Ecológico, o Parque Nacional do Iguaçu repassa todo ano cerca de R$ 9 milhões a municípios no seu entorno, e arrecada R$ 17 milhões anuais com ingressos pagos pelos mais de 1,5 milhão de visitantes.
10. Abrir a Estrada do Colono é um grave risco não apenas à integridade do Parque Nacional do Iguaçu, mas também à imagem do Brasil junto à Comunidade Internacional, com a qual o país mantém uma série de compromissos ambientais, sociais e econômicos.
Fonte: WWF.com
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